17 de janeiro de 2012

A TRAIÇÃO DOS PARLAMENTARES AO MAGISTÉRIO

Na terça o governo e os deputados, subservientes as suas ordens, já apontavam qual seria a postura que iriam tomar. O projeto foi aprovado nas comissões. Na Comissão de Constituição e Justiça, que é presidida pelo deputado Francisco Gualberto (PT), o projeto passou com facilidade, pois o deputado é líder do Governo e articulou bem a aprovação. Já na Comissão de Educação houve um momento em que a votação estava empatada, com três votos a favor do projeto (e contra os professores) e três votos favoráveis ao magistério. O voto de desempate veio do deputado João Daniel também do Partido dos Trabalhadores, a favor do projeto do governo para geral decepção dos professores. Os dois deputados que têm uma história em defesa dos trabalhadores jogam a história no lixo e votam contra quem eles dizem que defendem.

O Presidente estadual do PSOL, Marcélio Oliveira da cidade de Lagarto\se, se fez presente juntamente com o companheiro Willians Cardoso, membro do conselho de ética da direção estadual, estiveram juntos  na Assembleia Legislativa no dia em que foi posto em votação o projeto de lei que tira a referencia do magistério para o recebimento do piso salarial.




No início da tarde desta quinta-feira 15, antes de encerrar os trabalhos e entrar em recesso, a Assembleia Legislativa de Sergipe votou vários Projetos de Lei de autoria dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. O destaque foi o polêmico projeto do Executivo que é visto pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) como nocivo aos professores.
O Projeto Complementar nº 20/2011 extingue o cargo de professor de nível médio, o que, segundo o Sintese, acaba com a referência para o pagamento do piso dos professores recebeu o voto favorável de 13 deputados. Além da bancada de oposição (exceto Augusto Bezerra (DEM) que não pode comparecer à sessão),

Conclusão: professores com o Plano de Carreira destruído dez (10) anos depois de aprovado. O plano foi destruído no plenário da assembleia legislativa com o voto dos deputados: Francisco Gualberto, Gustinho Ribeiro, Luiz Mitidieri, Adelson Barreto, Suzana Azevedo, Gilson Andrade, Raimundo Vieira, Conceição Vieira, Paulinho das Varzinhas, Zeca da Silva (que voltou a ALESE somente para massacrar os professores), Jeferson Andrade, Pastor Antônio dos Santos e João Daniel.
Votaram contra o projeto e favor dos professores, os deputados: Ana Lúcia, Capitão Samuel, Maria Mendonça e Zé Franco e a bancada de oposição ao governo: Venâncio Fonseca, Arnaldo Bispo e Goreti Reis.

Ao final da votação final, a sessão teve que ser suspensa até que, revoltados, professores que promoviam manifestações não permitidas pelo estatuto da Assembleia fossem retirados da Casa.


Na saída da Assembleia Marcélio com a Bandeira do Psol na mão. rolou um pequeno desconforto com petistas.

          NOSSA NOTA.

Os sucessivos golpes contra os direitos do magistério estadual são episódios de violência contra os trabalhadores e a educação de Sergipe que devem nos servir para desnudar o verdadeiro caráter do governo Deda (PT).
O tratamento dispensado pelo governo e sua base aliada ao apelo e reivindicações dos professores é simplesmente vergonhoso. Não guarda nenhum sinal de compromisso com a causa dos trabalhadores e suas lutas. Dizem Amém aos ditames neoliberais que retira direitos dos trabalhadores.
Antigos ativistas de movimentos sociais, como um dia foram Deda, Gualberto, João Daniel, não têm o mínimo pudor em assumir o papel de defensores intransigentes de uma ordem injusta e desigual.
Embriagados pelo poder, perderam toda noção do sentido histórico da luta anti-capitalista. Limitam-se hoje a parodiar os dominantes e opressores, assumindo para si o papel de administradores da crise social e política do sistema capitalista. Ao invés de se colocarem como instrumento dos trabalhadores e oprimidos, preferem fazer de conta que seja possível aprimorar uma máquina falida.
O que o governo Deda (PT) pretende é, simplesmente, descumprir uma Lei nacional. A alegação de que faltam recursos para pagar o enquadramento dos professores em 2012, não se sustenta. Bastaria redimensionar o orçamento, dando prioridade ao pagamento do Piso. Mas o governo lança mão de expedientes para confundir a população quanto à garantia do pagamento do piso dos professores em 2012, alegando deficiência de recursos, contudo o próprio governo prever 18,6% de aumento de receitas.
O piso é uma conquista fruto de muitas lutas, e a aprovação da extinção do nível médio do quadro permanente é mais um golpe do governo DEDA para acabar com a valorização do magistério. Manobra orquestrada pelo governo no apagar das luzes do exercício de 2011, subestimando a capacidade de mobilização e organização dos professores, mas os professores mostraram a sua capacidade de organização.

Sabemos que enquanto persistir esse sistema capitalista, os trabalhadores seguirão impedidos de conquistar a satisfação plena de suas necessidades materiais e culturais, não importa o alcance de suas vitórias sindicais. Entretanto, essas lutas são fundamentais para a conquista da organização e da consciência que pode fazer da classe trabalhadora uma força capaz de superar o capitalismo e construir uma nova ordem social, o Socialismo.
São por esses motivos que o Partido Socialismo e Liberdade de Sergipe apóia sem reservas as lutas dos professores e repudia a truculência do rolo compressor para triturar os direitos dos professores e acabar com a Carreira, Repudiamos os deputados que aprovaram o projeto.
Convocamos todos os trabalhadores e a população de Sergipe a prestar solidariedade aos professores em sua luta pela aplicação do Piso Nacional e a somar conosco na luta contra o sistema capitalista e os governos que o sustentam.
 Marcélio Oliveira – Presidente Estadual do PSOL/Sergipe



3 comentários:

  1. quero enfatizar que o deputado gustinho ribeiro, não esta fazendo uma boa atuação como deputado, más não é novidade alguma, como vereador não existe nenhum projeto de sua autoria.

    Tiago souza

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  2. É uma das maiores falta de respeito com nos alunos e professores, depois de tanto esforço para se ter uma conquista o governo deda aplica este projeto de lei que acaba com a carreira do magistério, isto é uma afronta aos princípios morais.

    Carolayne Dias.

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  3. Devido a medidas como esta é que a educação no brasil vai ade mau a pior...não se respeita mais o povo, eles querem escravizar a população, e transformar pessoas em simplesmente mão de obra para operação de maquinas, e mais nada.

    André Santos.

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