8 de março marca a luta das mulheres pela garantia de seus direitos perante a sociedade. Durante um longo período de nossa história a mulher foi deixada de lado em decisões importantes, foi oprimida e vista apenas como mera personagem de ultimo plano, de interesses pessoais de seus “patrões e até mesmo companheiros”.
Mas, isso tudo acabou? A reposta é não! Muitas mulheres ainda continuam sofrendo com a violência doméstica, salários baixos, assédios descriminações e outros tipos de violência. Aqui em nossa região podemos constatar a dura realidade de muitas mulheres Lagartenses, que trabalham em regime de escravidão como empregadas domésticas, babás, nas casas de farinha, nas feitas de fumo, como fateiras no matadouro municipal e outras funções. Não enxergo nenhuma valorização a estas mulheres, não vermos os direitos delas de terem suas carteiras trabalhistas assinadas, direitos como: seguro desemprego, fundo de garantia, décimo terceiro, ferias e etc. E nada é feito para que as mulheres tenham seus direitos prevalecidos; nenhuma atuação da câmara municipal de Lagarto que almeje os direitos como cidadãs, más infelizmente o que virmos foi apenas falácias de alguns dos vereadores no dia de ontem, projetos destinados a inclusão social, para garantir acima de tudo respeito e dignidade e direitos trabalhistas das classes citadas acima, não presenciamos.
O que tem a se comemorar uma profissional MULHER, em ver seu salário atrasado; sem receber seu décimo terceiro; ter que negociar pra poder receber o que é seu por direito, ver MULHERES que passaram em um concurso público, ter seu direito negado por um decreto ditatorial da nova administração e ver outras pessoas em seu lugar; de uma mãe que foi agredida verbalmente e fisicamente na prefeitura; as mulheres que enfrentam a madrugada em filas para agendar uma consulta médica; MULHERES que tem seus direito negados, é isto que aqui em Lagarto elas têm para comemorar?
O Dia Internacional da Mulher deve ser comemorado sim, más como um dia de luta por igualdade e homenagem às guerreiras que continuam enfrentando as adversidades da condição feminina. Apesar de muitos segmentos da sociedade continuam tentando resumir o Dia internacional da Mulher como simples data comemorativa, com flores e cumprimentos, A VERDADE POR TRÁS DESTA DATA, É TOTALMENTE DIFERENTE.
A deturpação vem de muito longe e alcança até mesmo a origem da comemoração, divulgada amplamente como marco de uma greve ocorrida nos EUA, onde morreram queimadas 129 operárias. O mito ajudou apagar a real origem do Dia da Mulher, que foram as lutas políticas com greves e congressos por igualdade e justiça social. Apesar das muitas conquistas, a condição feminina ainda exige uma batalha constante contra o preconceito e a desigualdade, portanto, o 8 de março deve ser lembrado como dia de conscientização e reafirmar a necessidade de estarem sempre atentas as lutas pela descriminação e preconceitos.
Mãe Maria, que seu ventre nasceu o menino Jesus, o Rei Soberano, o Único Salvador da humanidade, Mãe Maria, Maria Mulher de todos nós, tem e merece o respeito e atenção de todos. Feliz todos os dias a todas as Mulheres, Marias, Josefas, Martas, Luzias, Carmens, Terezas, Patricias, Marcias, Cristinas, Vilmas Lianas, Lucianas, Angelas, Lucelis,.... “A luta apenas começar ao raiar de cada dia companheiras”
Por Marcélio Oliveira e Ana Cristina- PSOL
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